sábado, 27 de outubro de 2012

Benzeno mata petroleiro na Bahia

Benzeno mata mais um trabalhador da Petrobrás

Enquanto as gerências da Petrobrás alegam que não há contaminação por benzeno nas unidades da empresa e tentam, a todo custo,  impor limites de tolerância à substância, mais um trabalhador perde a vida após lutar durante meses contra a leucemia mielóide aguda.
Estamos falando do companheiro Enivaldo, conhecido como Shalom, que era Técnico de Operação da Rlam, e faleceu na tarde de quinta (18), no Hospital Sírio Libanez, em São Paulo,  onde chegou a se submeter a um transplante de medula. Infelizmente, ele não conseguiu debelar a leucemia aguda que adquiriu após anos de exposição ao benzeno em uma das unidades mais contaminadas da Rlam, a U-30, que chegou, inclusive, a ser duas vezes interditada pelos órgãos fiscalizadores da Bahia.

A FUP, o Sindipetro Bahia e todos os companheiros de Shalom lamentam a perda de mais uma vida em função da irresponsabilidade de gestores que só se preocupam com cifrões e resultados. O corpo de Enivaldo será transferido para Salvador, onde será velado e sepultado na sexta (19).  Que sua história, assim como a do companheiro Kapra, da RPBC, que também foi vítima do benzeno, fortaleça a luta dos petroleiros por condições seguras de trabalho. Por Enivaldo, Kapra e tantos outros trabalhadores vítimas do benzeno, seguimos em frente para impedir que gestores irresponsáveis tentem relativizar e minimizar os efeitos nocivos e fatais desse agente químico.

Reproduzimos abaixo trechos da matéria publicada na última edição do Primeira Mão, cujo conteúdo tem sido recorrente em nossos boletins e nos informativos dos sindicatos:

Em todo o Sistema Petrobrás estão surgindo novos casos de alterações hematológicas e, mesmo assim, a empresa continua agindo de forma negligente e até mesmo negando a existência de petroleiros contaminados. Torna-se cada vez mais urgente que a categoria se conscientize sobre os riscos da exposição ao agente toxicológico e se organize para cobrar da empresa o cumprimento do Acordo Nacional do Benzeno.

A FUP e seus sindicatos continuam mobilizados contra a tentativa da Petrobrás em alterar o Acordo, alegando que existe tolerância à substância, mesmo quando a legislação diz o contrário. O conceito quantitativo que a empresa tanto quer impor não é seguro. Portanto, não há tempo a perder. Diante de qualquer alteração procure o GTB (Grupo de Trabalho do Benzeno) e denuncie ao seu sindicato para que seus direitos sejam preservados e o caso seja encaminhado e investigado pelo Centro de Referência do Trabalhador.  Benzeno não é flor que se cheire! (FUP)
 SEPULTAMENTO
Convidamos a todos para o sepultamento do companheiro Shalom, nesta quinta (19), às 15h, no cemitério da Baixa de Quintas. O corpo será velado na Ordem 3ª de São Francisco.
Veja mais detalhes no Boletim do Sindicato dos petroleiros da Bahia abaixo:

boletim-semanal-n57 (1)

domingo, 21 de outubro de 2012

O projeto de lei 6639/09 e o dióxido de enxofre no açúcar



Deputado Federal Pedro Ribeiro (PR-CE)
(camara.gov.br)
        Durante a nossa pesquisa para o trabalho sobre dióxido de enxofre (SO2), descobrimos a existência de um projeto de lei que abordava a presença do dióxido de enxofre no açúcar, já que essa substância é utilizada no processo de branqueamento do açúcar. Desde outubro de 2009 o deputado federal Pastor Pedro Ribeiro (PR-CE) propõe essa lei onde se aplica uma redução da quantidade de dióxido de enxofre no açúcar de 15mg de SO2/kg de açúcar para 1mg/kg. O deputado apresenta diversas justificativas para essa lei:
1) O dióxido de enxofre pode causar prejuízos à saúde como broncoespasmos, dermatitie de contato , cefaleira e dor abdominal;
2) Segundo o deputado, o Brasil mesmo sendo um grande exportador de açúcar (21% da produção mundial) já apresenta problemas na exportação devido às altas taxas de SO2 no produto;
3) Não segue a quantidade permitida pela Codex Alimentarius [norma internacional sobre alimentos, produzida em conjunto pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, sigla em Inglês) e Organização Mundial de Saúde (OMS)];
          O deputado apresenta também uma quarta justificativa: ele afirma que essa tecnologia de clareamento é ultrapassada e dá destaque a um processo de branqueamento a partir do ozônio mais moderno e barato desenvolvido por um brasileiro, Raimundo Stilton. O deputado não dá grandes explicações sobre esse processo, mas, mesmo assim, é a única alternativa apresentada no documento para substituir o dióxido de enxofre.
       O projeto de lei ainda não foi votado, e, segundo o site camara.gov.br, em 05/03/2012 foi da Comissão de Seguridade e Família (CSSF) encaminhado para a Coordenação de Comissões Permanentes (CCP).

FONTE: http://camara-dos-deputados.jusbrasil.com.br/noticias/2084372/uso-de-enxofre-para-clarear-acucar-podera-ser-proibido Agência Câmara. Uso de enxofre para clarear açúcar poderá ser proibido. 11 de fevereiro de 2010. Data de Acesso: 07 de outubro de 2012;
http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=464804 PL 6639/09. Data de Acesso: 07 de outubro de 2012.

Gabriel Santos Fernandes e Pedro Otávio Cavalcante

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Postos de combustível ameaçam saúde do trabalhador por exposição ao benzeno

Leis e políticas preventivas reduziram a exposição na indústria à substância cancerígena. No entanto, pouco foi feito para proteger quem trabalha no comércio de combustível
Ao mesmo tempo em que as indústrias tomaram medidas para reduzir a exposição dos trabalhadores aos efeitos danosos do benzeno à saúde, pouco foi feito quanto à contaminação em outras áreas fortemente relacionadas à intoxicação pelo solvente,como postos de gasolina que comercializam combustível adulterado. Esta é a conclusão de uma tese de doutorado defendida recentemente pelo médico Danilo Fernandes Costa na Faculdade de Medicina da USP.Ao longo de quatro anos, ele investigou as estratégias de redução da exposição à substância adotadas no Brasil, avaliou as legislações restritivas e a eficácia dessas ações. A substância derivada do petróleo é tóxica, altamente cancerígena e está diretamente associada a doenças como aplasia de medula e leucemias. O autor do estudo é auditor fiscal do Ministério do Trabalho em São Paulo, onde é responsável pelo Programa Estadual do Benzeno.Ele ressalta ainda que ainda não há um dimensionamento claro da exposição ao benzeno fora das empresas do setor químico, petroquímico e de petróleo. “Dados da Previdência Social revelam ocorrência importante de casos de aplasia de medula, leucemia e linfoma entre frentistas de postos de gasolina, que podem estar em contato combenzeno presente em combustível adulterado”, alerta. Segundo o pesquisador, não há estudos toxicológicos aprofundados e falta um trabalho adequado para prevenir a exposição aos solventes nessa atividade. O problema, segundo ele, ganha maiores dimensões porque é cada vez maior e o número de trabalhadores nas áreas de abastecimento de combustível, como em hipermercados. E também porque, fora das fábricas, a gasolina é o único produto que pode conter benzeno em quantidades maiores. Por lei, todos os outros solventes podem ter no máximo 0,1% de benzeno.A gasolina comum pode ter 1% e a especial 1,5% a especial. Dados da Previdência Social mostram que entre de 2004 a 2006 ocorreram 66 casos de doenças malignas, como leucemias, linfomas e aplasia de medula em trabalhadores de postos de gasolina. São dados que chamam a atenção e podem indicar situação grave.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Acidente termina em morte em vazamento de Cloro no RS.

Oi gente,
Esse é o nosso trabalho de SMS. Nós ficamos com a substância Cloro, e a seguir, um acidente (que infelizmente terminou em morte) que ocorreu em Nova Santa Rita - RS em janeiro de 2011.


Homem morre intoxicado por gás cloro em Nova Santa Rita/RS
Data: 05/01/2011 / Fonte: Zero Hora

Nova Santa Rita/RS - A diretoria da empresa Hidromar afirmou em 5 de janeiro que era gás cloro o produto químico inalado pelo operário José dos Santos, 38 anos, morto em função de um vazamento na noite anterior. Quando o acidente ocorreu, a vítima, que trabalhava há quatro anos no local, estaria resolvendo um problema em uma máquina na filial da empresa, em Nova Santa Rita, Região Metropolitana.
Segundo o diretor comercial da Hidromar, Nelson da Silva, um acidente como este nunca havia ocorrido em 36 anos de existência da Hidromar, que fabrica produtos químicos (cloro líquido, hipoclorito de sódio e hipoclorito de cálcio, usados na área de limpeza e saneamento básico). "Estamos fazendo levantamentos para saber o que aconteceu. A princípio, ele resolveu um problema em uma operação e se intoxicou. Ele não se sentiu bem e foi encaminhado ao pronto socorro, onde infelizmente faleceu", lamentou Silva.

A investigação da empresa deve determinar se o acidente ocorreu por falha humana ou no equipamento. Conforme o diretor comercial, o vazamento não causou danos ao meio ambiente ou a outros funcionários. Ele reitera que todos os operários são treinados e usam equipamentos de segurança durante o trabalho.
A doutora em toxicologia Silvia Schmitz, do Centro de Informações Toxicológicas (CIT), explica que a morte em decorrência da inalação de gás cloro é muito rara. "O que mais acontece com derivados do cloro são acidentes domésticos, em que as pessoas se fecham em um cômodo e usam hipoclorito (presente em produtos de limpeza) para limpar a peça, que acaba formando um gás e causando a intoxicação", afirmou.

Nesses casos, o produto é menos concentrado do que em uma indústria e a vítima apresenta sintomas como tosse, dificuldade respiratória, náuseas e cefaléia. Dependendo da exposição ao produto, o contato com o gás irritante pode resultar em inflamação da pele e até necrose. Já em situações de exposição muito severa ou nas quais a vítima apresenta uma doença cardiopulmonar ou seja tabagista, a inalação pode resultar em um edema agudo de pulmão e levar à morte.

Confira as dicas da doutora Silvia Schmitz para evitar a intoxicação por produtos derivados do cloro:
- Usar os equipamentos de segurança de forma correta (máscara, luvas, capacete e roupa adequada para evitar respingos);
- Estar em um ambiente arejado e com ventilação adequada ao manusear o produto;
- Não misturar produtos à base de cloro com outros produtos químicos;
- Não manusear o cloro em caso de alteração na força pulmonar (doenças respiratórias).
- Caso a inalação do produto ocorra, a vítima deve sair do ambiente, ir para um lugar arejado e procurar um médico imediatamente.


Agradecidas: Juliana Valentim e Larissa Cesário.

terça-feira, 25 de setembro de 2012


Forte explosão com mistura química detona agência bancária na Alemanha

Destroços do prédio voaram até 80 m e danificaram vizinhança em Nottuln.
Criminosos usaram mistura de oxigênio acetileno em vez de explosivos.


Uma agência bancária ficou completamente destruída após uma explosão na madrugada desta segunda-feira (24) em Nottuln, noroeste da Alemanha. O local teria sido palco de uma tentativa de roubo de um caixa eletrônico. Ninguém ficou ferido.
Segundo a polícia, os destroços voaram a até 80 metros de distância e danificaram prédios vizinhos do outro lado da rua. Os criminosos teriam usado não explosivos comuns, mas uma mistura de oxigênio acetileno para detonar o caixa, segundo o jornal local "Münsterländische Volkszeitung".
Durante a manhã ainda não estava claro se elles haviam conseguido levar dinheiro da agência. Uma ampla operação em busca de um veículo suspeito não teve sucesso.
Banco é visto destruído por uma explosão na madrugada em Nottuln, noroeste da Alemanha. O local teria sido palco de uma tentativa de assalto a caixa eletrônico. Ninguém ficou ferido. Destroços voaram até 80 metros ao redor e danificaram prédios vizinhos. (Foto: AP/Peter Grewer/DAPD)Banco é visto destruído por uma explosão na madrugada em Nottuln, noroeste da Alemanha (Foto: AP/Peter Grewer/DAPD)
Nomes: Vanessa Alves
            Mariane Santos  


sexta-feira, 22 de junho de 2012

Acidente em obra do Metrô de SP deixa dois mortos

Duas pessoas morreram em um acidente em uma obra do Metrô na Avenida Vereador José Diniz, na Zona Sul de São Paulo, de acordo com o Corpo de Bombeiros. O incidente ocorreu por volta das 13h45 desta sexta-feira (22). Segundo os bombeiros, uma grua caiu e atingiu os operários. Cinco unidades dos bombeiros foram acionadas para atender a ocorrência, em um total de 14 homens. O helicóptero Águia da Polícia Militar também foi acionado, mas não fez nenhum resgate. O Metrô informou que no local funcionará a futura Estação Eucaliptos, em Moema, da Linha 5-Lilás. A companhia informou que será aberta uma sindicância para investigar o acidente. Segundo o consórcio Consórcio Heleno Fonseca - TIISA | Triunfo Iesa, que realiza as obras da futura estação, os mortos são José Exerei Oliveira Silva e Antônio José Alves Ribeiro. “As circunstâncias e prováveis causas do acidente estão sendo apuradas pela perícia técnica. O Consórcio está tomando todas as providências visando o total apoio e assistência aos familiares”, diz em uma nota divulgada nesta tarde. Íntegra da nota do Metrô Confira abaixo a íntegra da nota do Metrô: "A Companhia do Metrô abriu, nesta sexta-feira, sindicância para apurar as causas e responsabilidades do acidente, ocorrido por volta de 12h30, que resultou na morte de dois operários contratados pelo Consórcio Heleno Fonseca / TRIUNFO-IESA para a construção da futura Estação Eucaliptos, na Avenida Vereador José Diniz. A apuração será conduzida pela Gerência de Engenharia de Obras da Linha 5-Lilás. O Metrô lamenta profundamente os falecimentos e informa que, além de uma rigorosa investigação, prestará plena assistência às famílias das vítimas. Departamento de Imprensa do Metrô"

Acidentes de trabalho apresentam queda em Volta Redonda

Publicado em 16/6/2012, às 18h46

 
Mais seguro: Número de acidentes de trabalho vem diminuindo em Volta Redonda nos últimos anos

 

 
A questão da segurança no trabalho costumava ser negligenciada pelos patrões, mas os números atuais demonstram que - pelo menos na estatística - as empresas de Volta Redonda estão se conscientizando em relação ao tema.
Segundo dados do INSS (Instituto Nacional de Seguro Social), foram registrados 489 acidentes de trabalho na cidade em 2010. Já em 2011 o número de ocorrências chegou a 403, representando uma queda de 17,6% em relação ao ano anterior.
Tendo como base os cinco primeiros meses dos últimos três anos, foram registrados 215 acidentes em 2010; no ano seguinte houve uma queda de 10,7%, chegando a 192 ocorrências. Em 2012 houve uma queda de 7,5 pontos percentuais em relação a 2011, atingindo o número de 176 casos registrados.
De acordo com o presidente do Sindicato da Construção Civil, Dejair Martins de Oliveira, os baixos índices condizem com a realidade - pois, segundo ele, as empresas estão se preocupando cada vez mais com a segurança do funcionário, além de contratarem mais empregados para trabalhar na área.
- Os empregadores estão tomando consciência em relação ao tema segurança no trabalho, investindo em acessórios de segurança para evitar problemas futuros. Além disso, eles estão contratando mais funcionários para trabalharem nas construções, reduzindo, assim, a carga horária dos empregados, o que acaba evitando acidentes relacionados a descuidos, sonolência e falta de atenção - disse.
Dejair afirma que a tendência é de que os números continuem a cair, mas relata a falta de comprometimento de algumas empresas em relação aos relatórios enviados aos órgãos responsáveis pela fiscalização nas empresas.
- O que aparenta ser um recomeço ainda não nos satisfaz, até porque muitas empresas ainda omitem muitos acidentes de baixa expressão, como são os casos de alguns cortes e escoriações. Nós esperamos que essa queda do índice de acidentes continue, mas para isso precisamos que o trabalhador relate até as situações de risco - relatou.

Mudança de paradigma
Para diretor de comunicação do Sindicato dos Metalúrgicos do Sul Fluminense, Bartolomeu Citelli, a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) está investindo na política de segurança de trabalho, o que pode ter ajudado na redução do índice de acidentes na cidade.
- Hoje, a empresa deixa de dar prioridade à máxima "produção a qualquer custo", que visava produzir o máximo possível e deixava de lado a segurança de seus empregados, e adota medidas mais cautelosas em relação ao assunto. Como existem ainda muitos casos de omissão por parte das empresas, tanto no setor de construção civil quanto no setor de metalurgia, nós dependemos das reclamações dos funcionários para que possamos entrar em contato com o departamento da área e, se for o caso, notificarmos para que isso não torne a acontecer - disse.
Citelli ainda relata algumas situações que foram presenciados por funcionários do Sindicato dos Metalúrgicos.
- Um dia, estávamos em frente à CSN e um funcionário estava chegando para trabalhar com o braço engessado. Perguntei para ele o motivo, e respondeu que precisava trabalhar porque o seu chefe tinha dito que ele tinha condições de comparecer ao serviço. O funcionário acidentado não pode e nem deve trabalhar nesse estado, tendo por obrigação ficar afastado pelo período determinado pelo médico e a empresa - pontuou.
De acordo com Carlos Eduardo Ferreira, auditor fiscal do Trabalho, após o acidente que resultou na morte de um funcionário (que foi atropelado por uma empilhadeira em novembro de 2011), o Ministério do Trabalho relatou que o SESMT (Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho) da empresa estava irregular.
- O SESMT, que é composto por médicos do trabalho, engenheiros e técnicos de segurança e técnicos em enfermagem do trabalho, tem que ser gerenciado por um profissional especializado da área. Na CSN, o responsável pela área era um economista, ou seja, o órgão responsável pela segurança não tinha uma chefia técnica e foi assim por muito tempo, sem que a gente soubesse. A CSN foi autuada, pois o responsável pelo SESMT não era técnico e nem legalmente habilitado para atuar na chefia da área, e isso pode explicar muitos acidentes ocorridos - disse.

Responsabilidade
Segundo o Ministério da Previdência Social, quando um funcionário se acidenta e tem a necessidade de ficar afastado por até 15 dias o seu salário continua sendo pago pela empresa. No entanto, se esse afastamento ultrapassar os 15 dias, o funcionário deve entrar em contato com a Previdência Social e fazer o requerimento do Auxílio-Doença, onde ficará a cargo do INSS pagar uma quantia referente a 91% do valor total de seus vencimentos.


Yuri Gerstner
yuri@diariodovale.com.br
Volta Redonda

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Código de Conduta da Empresa Noble Corporation


Oi pessoal!
Aí vai meu post sobre segurança do trabalho. Procurei me especificar em uma só empresa. Escolhi a Noble Corporation, uma empresa contratada de perfuração de poços de petróleo e gás natural. A maioria dos empregados trabalha em plataformas de perfuração mesmo. Encontrei na internet o arquivo do código de conduta dessa empresa e “recortei” a parte que fala sobre a segurança no trabalho. Leiam com atenção e depois vou dizer o que sei sobre o que foi dito.
Juliana Valentim.

Código de Conduta da Empresa Noble Corporation
“A Noble promove e incentiva uma cultura de segurança, protegendo nossos funcionários e garantindo a oferta de serviço da mais alta qualidade aos nossos clientes.
SMS
A Noble tem o compromisso de realizar operações com níveis mais altos de integridade. Em todas as circunstâncias, procuramos fazer a coisa certa, evitamos atalhos que possam prejudicar a qualidade e a segurança de nossas operações, e melhoramos continuamente nossos procedimentos.
Este compromisso protege nossos funcionários e garante que possamos oferecer o serviço da mais alta qualidade aos nossos clientes.
A segurança é nossa principal consideração e somos todos responsáveis por ela. Nenhuma tarefa é tão urgente que não se possa dispor de tempo para realizá-la da maneira correta. Todos os funcionários, desde executivos e gerentes, até as tripulações das plataformas, precisam executar suas responsabilidades individuais e coletivas e empenhar-se em nossa meta de trabalho sem danos.
Notas de campo
Ao realizar nossas operações, devemos lembrar que:
• Todos nós, independente do cargo, temos a autoridade e obrigação expressa de suspender qualquer operação que, em nossa opinião, constitua um risco à vida e à saúde de qualquer pessoa ou comunidades adjacentes
• É fundamental que os nossos gerentes e supervisores sejam informados sobre questões de saúde e segurança que afetem nossas operações, e a elaboração de procedimentos para garantir operações seguras
• Nossos gerentes e supervisores devem promover uma cultura que incentive a comunicação aberta e o cumprimento dos nossos programas de segurança


Cultura de segurança
A cultura de uma força de trabalho é um produto de sua liderança. Nossa cultura de segurança está baseada em cinco pilares:
1. Demonstrar atenção e preocupação sinceras
Trabalhar em segurança vem de um desejo sincero e legítimo de não ver a vida dos funcionários, suas famílias e entes queridos afetadas negativamente
2. Medição e resposta à exposição
A seriedade de todos os incidentes é determinada pelo potencial de risco do incidente e não pela consequência real
3. Auditorias de percepção de segurança
As auditorias de SMS precisam incluir a medição da eficácia da liderança e a cultura da empresa –os sentimentos e as emoções das pessoas
4. Fazer da segurança algo pessoal
A liderança precisa garantir que a segurança sempre seja promovida de uma forma relevante em nível muito pessoal
5. Celebrar sucessos
Os funcionários precisam saber que seus esforços são reconhecidos

Qualidade
Focamos na satisfação contínua do cliente e melhoria da qualidade. Para atingir este objetivo, precisamos cumprir com as nossas políticas e procedimentos, monitorar continuamente e atender aos requisitos de nossos clientes e respectivas necessidades, atuais e futuras.
Temos o compromisso de proporcionar aos nossos clientes equipamentos, ferramentas e serviços de perfuração que sejam seguros, econômicos e da mais elevada qualidade. Também temos o compromisso de manter uma força de trabalho altamente qualificada e competente na oferta de serviços da mais alta qualidade aos nossos clientes.”


Na prática, as normas de segurança desta empresa são bastante valorizadas e priorizadas quando o assunto é segurança do trabalhador.
Antes de cada jornada de trabalho, são realizadas reuniões onde é dito o que foi feito em outros turnos e essa reunião também é feita para enfatizar o quanto a segurança é importante tanto para os que trabalham, quanto para os clientes (empresas que contratam outras empresas terceirizadas)
Uma vez por semana é feito treinamento de incêndio. É tocado uma sirene de aviso ao mesmo tempo que é comunicado que isto aconteceu afim de ser realizado um treinamento. É anunciado onde o suposto incêndio está sendo simulado. A equipe de brigada de incêndio vai até o local com o equipamento necessário, apaga o suposto incêndio, salva a suposta vítima, se houver enquanto os outros trabalhadores vão em direção a um lugar específico que é provido de portas anti-chamas, e todo equipamento necessário para se livrar do fogo.
Quando ocorre algum incidente ou acidente em qualquer plataforma, este é comunicado às demais, e sempre é tomado providências sobre o caso ocorrido: é providenciado EPIs (Equipamento de Proteção Individual) ou é modificado a maneira de como é feito o serviço.
A grande maioria dos empregados desta empresa recebem um valor extra em seu salário de insalubridade ou periculosidade.
Quando ocorre um acidente, os parentes do acidentado são avisados por pessoas treinadas para dar esta informação, e todo atendimento da melhor qualidade é feito à vitima, que pode escolher (se houver sequelas) entre trocar de função, ou continuar em sua mesma função dentro da empresa.
Sendo a Noble Corporation, uma empresa que tem seus empregados que trabalham em um lugar perigoso como é a plataforma, é mais do que obrigatório ter todo esse cuidado com a segurança do trabalho. Pois são vidas que estão sendo postas em risco.
Então é isso.

Referência bibliográfica:

Juliana Valentim.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Explosão em Fábrica na China


Pelo menos 13 pessoas morreram nesta terça-feira (28) após a explosão de uma fábrica de pesticidas na província setentrional chinesa de Hebei, segundo informou a agência oficial de notícias "Xinhua".
O acidente aconteceu por volta das 9h local (22h da segunda-feira de Brasília) na indústria química Kaer, na comarca de Zhaoxian, distrito de Shijiazhuang (capital provincial).
A explosão, que foi sentida em três povoados próximos, derrubou uma das oficinas da fábrica e quebrou os vidros das janelas em um raio de dois quilômetros, explicou Cheng Weiqing, subdiretor do Escritório de Segurança Pública de Shijiazhuang.
Por enquanto, não foi detectada contaminação atmosférica após o acidente na fábrica, que produzia pesticidas altamente tóxicos, como nitrato de guanidina.

Uma equipe de resgate se transferiu ao local do acidente no começo da manhã, segundo fontes do governo local, enquanto são investigadas as causas da explosão.
Este é o terceiro episódio com as mesmas características registrado neste ano, depois que em janeiro duas explosões em outras indústrias químicas do leste da China causaram três mortes e deixaram sete feridos.
O setor industrial chinês sofre frequentes acidentes deste tipo, em muitas ocasiões por falta de medidas de segurança adequadas ou negligência de seus responsáveis.